8.24.2007




Tomava um banho e ia ansiosa deitar-se sempre muito cedo, demasiado cedo, achava ele. Começou a sentir-lhe a falta. Chegava do trabalho e quase não a via, não a ouvia e mal lhe tocava. Um dia deixou-a, cansado de se sentir ignorado. Nunca percebeu que ela o procurava - e encontrava - em sonhos, com uma proximidade que o seu olhar ou toque nunca conseguiu.
Depois disso passou 2 meses sem quase pregar olho. Quando se convenceu que nem em sonhos o veria mais, passou a deitar-se muito tarde, demasiado tarde, achava ela. E todo o tempo em que não esquecia a ausência e se mantinha acordada lhe soava a tempo mal gasto.